sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

VELHA MARIA - ERNESTO CHE GUEVARA

Velha Maria, vais morrer:Quero falar contigo seriamente.
Tua vida foi um rosário completo de agonias,não houve homem amado ne saúde nem dinheiro,apenas a fome para ser compartilhada.Mas quero faler-te da tua esperança,das três diversas esperançasque tua filha fabricou sem saber como.
Toma esta mão de homem que parece de meninonas tuas mãos, polidas pelo sabão amarelo.Abriga teus calos duros e teus nós puros dos dedosna suave vergonha de minhas mãos de médico.
Escuta,avó proletária:crê no homem que chega,crê no futuro que nunca verás.
Não rezes ao deus inclementeque toda uma vida desmentiu tua esperança;não peças clemência à mortepara ver crescer tuas pardas carícias;os céus são surdos e o escuro manda em ti.Mas terás uma vermelha vingança sobre tudo,juro pela exata dimensão de meus ideais:todos os teus netos veverão a aurora.Morre em paz, velha lutadora.
Vais morrer, velha Maria:trinta projetos de mortalhadirão adeus com o olharnum destes dias em que te vais.
Vais morrer, velha Maria:ficarão mudas as paredes da salaquando a morte conjugar-te com a asmae copularem seu amor na tua garganta.
Essas três carícias construidas de bronze(a única luz que alivia a tua noite),esses três netos vestidos de fomechorarão os nós destes dedos velhosonde sempre encontravam um sorriso.E isso será tudo, velha Maria.
Tua vida foi um rosário de magras agonias,não houve homem amado, saúde, alegriaapenas a fome para ser compartilhada.Tua vida foi triste, velha Maria.
Quando o anúncio do descanso eternosuaviza a dor de tuas pupilase quando a tua mão de perpétua borralheiraabsorve a última e ingênua carícia,pensas neles… e choras,pobre velha Maria!
Não, não o faças!Não rezes ao deus indolenteque toda uma vida desmentiu a tua esperança,nem peças clemência à morte,que tua vida foi horrivelmednte vestida de fomee acaba vestida de asma.
Mas quero anunciar-te,na voz baixa e viril da esperanças,a mais vermelha e viril das vinganças.Quero jurá-lo pela exatadimensão de meus ideais.
Toma esta mão de homem que parece de meninonas tuas mãos, polidas pelo sabão amarelo.Abriga teus calos duros e teus nós puros dos dedosna suave vergonha de minhas mãos de médico.
Descansa em paz, velha Maria,descansa em paz, velha lutadora:todos os teus netos viverão a aurora.EU JURO!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Para Calica, mesmo os seus opositores, em sua maioria e de alguma forma, respeitam o revolucionário. “Das pessoas, digamos mais indiferentes, em geral pelo menos reconhecem em Che um homem muito valente, que deu sua vida por um ideal. Já os que fazem uma crítica implacável como a que sai da cabeça de Mário Vargas Llosa, que por exemplo vai ao jornal mais conservador da Argentina, La Nación, e publica disparates ridículos, creio que estes não tenham efeito. É tão contundente o peso de Che, que para seus detratores não há muitos argumentos”.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A história não necessitou de que passasse o tempo para fazer-se lenda, agora me lembro da força profunda e bela que emanava, sem cessar, dentro deste homem. Tinha, recordo, um olhar como a alvorada: aquela maneira de olhar dos homens que creem". Esse fragmento é retirado da obra 'CHE GUEVARA – Sierra Maestra: da guerrilha ao poder', do escritor e jornalista Eduardo Galeano.

Rigoberta Menchú

Acerca del Che por Rigoberta Menchu

Al igual que mucha gente de mi pueblo, mi primer conocimiento del Che fue más por su imagen y simbolismo que por sus escritos y su obra. En los tiempos más difíciles en esta larga lucha por el respeto a nuestros derechos humanos y como pueblos indígenas, la imagen del Che ha encarnado la conciencia y la determinación de ser fiel hasta la muerte con las ideas en las que creemos.

En los tiempos actuales, en los que para muchos la ética y otros valores profundos son baratijas que se compran y se venden, el ejemplo del Che cobra una dimensión todavía mayor. Como mujer indígena, hago una lectura nueva del pensamiento del Che, de cara a los gigantescos esfuerzos de los pueblos indios en todo el mundo por lograr el reconocimiento y el respeto a sus derechos y valores milenarios. Seguramente, iremos encontrando mejores enfoques sobre las ideas y la acción de ese hombre ejemplar.

Hay que resaltar la profunda sensibilidad que el Che tuvo a los problemas del mundo así como la necesidad de los cambios. En el corazón de los pueblos vivirá siempre la conciencia internacionalista del Che.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011


No aniversário de 44 anos de seu assassinato no humilde povoado boliviano de La Higuera, o mítico revolucionário argentino Ernesto Che Guevara está cada vez mais presente. Sua vida, ação e obra, são lembradas por centenas de pessoas que viajam todos os anos até esta região oriental boliviana para percorrer lugares históricos, como a réplica da escola onde ele foi morto, em 9 de outubro de 1967.

Monumento ao Che em La Higuera. Todos os anos, centenas de turistas visitam o local

No domingo, participaram de um ato integrantes das missões diplomáticas, médicas, educativas e trabalhadores sociais de Cuba e Venezuela, atuantes desde 2006 na Bolívia. Os participantes renderiam tributo à memória e ao legado do Che, e somariam suas vozes pela vigência do pensamento e das lutas do comandante Guevara pela justiça social e a igualdade na América Latina e no mundo.

No sábado (8), houve uma cerimônia no Mausoléu de Vallegrande, onde repousaram por 30 anos os restos do Che antes de ser transportados a Cuba em 1997. Também percorreram o Hospital Señor de Malta, onde lavaram e expuseram seu cadáver em 1967.

Durante a atividade, os presentes aproveitaram para dar seu apoio à libertação dos antiterroristas cubanos presos nos Estados Unidos há mais de 13 anos. Na sexta-feira (7), René González foi libertado, mas precisará viver nos EUA por um período, o que foi duramente criticado por Havana.

Os presentes à tradicional cerimônia visitaram também a fossa onde foi inicialmente sepultada Tamara Bunke, mais conhecida como Tania, a Guerrilheira, única mulher integrante da ação revolucionária de Guevara na Bolívia.

Prensa Latina