quinta-feira, 25 de novembro de 2010

FREI BETTO

Querido Che:
Pasaron muchos años desde que la CIA te asesinó en las selvas de Bolivia, el 8 de octubre de 1967. Tú tenías, entonces, 39 años de edad. Pensaban tus verdugos que al enterrar balas en tu cuerpo -después de que te capturaron vivo- condenarían tu memoria al olvido. Ignoraban que, al contrario de lo que ocurre con los egoístas, los altruistas jamás mueren. Los sueños libertarios no pueden confinarse en jaulas como pájaros domesticados. La estrella de tu boina brilla más fuerte, la fuerza de tus ojos guía generaciones por las veredas de la justicia, tu semblante sereno y firme inspira confianza en los que combaten por la libertad. Tu espíritu trasciende las fronteras de Argentina, Cuba y Bolivia y, llama ardiente, aún hoy inflama el corazón de muchos.
Cambios radicales ocurrieron en estos 36 años. El Muro de Berlín cayó y enterró el socialismo europeo. Muchos de nosotros sólo ahora comprendemos tu osadía al señalar, en Argel -en 1962-, las grietas en las murallas del Kremlin, que nos parecían tan sólidas. La historia es un río veloz que fluye sin ahorrarse obstáculos. El socialismo europeo intentó congelar las aguas del río con el burocratismo, el autoritarismo, la incapacidad de extender a lo cotidiano el avance tecnológico auspiciado por la carrera espacial y, sobre todo, se revistió de una racionalidad economicista que no sentaba sus raíces en la educación subjetiva de los sujetos históricos: los trabajadores.
Quién sabe si la historia del socialismo no sería otra hoy si hubiesen prestado oídos a tus palabras: "El Estado a veces se equivoca. Cuando ocurre una de esas equivocaciones, se percibe una disminución en el entusiasmo colectivo debido a una reducción cualitativa de cada uno de los elementos que lo forman y el trabajo se paraliza hasta quedar reducido a magnitudes insignificantes: es el momento de rectificar".
Che, muchos de tus recelos se confirmaron a lo largo de estos años y contribuyeron al fracaso de nuestros movimientos de liberación. No te oímos lo suficiente. Desde Africa, en 1965, escribiste a Carlos Quijano -del semanario Marcha, de Montevideo-: "Déjeme decirle, con el riesgo de parecer ridículo, que el verdadero revolucionario está guiado por grandes sentimientos de amor. Es imposible pensar en un revolucionario auténtico sin esa cualidad".

Mario Benedetti

Lo han cubierto/ de afiches de pancartas
de voces en los muros
de agravios retroactivos
de honores a destiempo

lo han transformado en pieza de consumo
en memoria trivial
en ayer sin retorno
en rabia embalsamada

han decidido usarlo como epílogo
como última thule de la inocencia vana
como añejo arquetipo de santo o satanás

y quizás han resuelto que la única forma
de desprenderse de él
o dejarlo al garete
es vaciarlo de lumbre
convertirlo en un héroe
de mármol o de yeso
y por lo tanto inmóvil
o mejor como mito
o silueta o fantasma
del pasado pisado

sin embargo los ojos incerrables del che
miran como si no pudieran no mirar
asombrados tal vez de que el mundo
no entienda que treinta años después sigue bregando dulce y tenaz por la dicha del hombre.
Mario Benedetti

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

VALLEGRANDE



Vejam mais fotos de VALLEGRANDE aki


Vallegrande é a cidade onde che guevara foi exposto após ser assassinado em 1967.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Estímulo moral


El estímulo moral, la creación de una nueva
conciencia socialista, es el punto en que
debemos apoyarnos y hacia donde debemos
ir, y hacer énfasis en él.
El estímulo material es el rezago del
pasado, es aquello con lo que hay que
contar, pero a lo que hay que ir quitándole
preponderancia en la conciencia de la gente
a medida que avance el proceso. Uno está
en decidido proceso de ascenso; el otro
debe estar en decidido proceso de
extinción. El estímulo material no
participará en la nueva sociedad que se
crea, se extinguirá en el camino y hay que
preparar las condiciones para que el tipo de
movilización que hoy es efectiva, vaya
perdiendo cada vez más su importancia y la
vaya ocupando el estímulo moral, el
sentido del deber, la nueva conciencia
revolucionaria.
Discurso en la textilería Ariguanabo
24 de marzo de 1963

quinta-feira, 28 de outubro de 2010


Rota do che - De Vallegrande a La higuera

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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Trabalho voluntário


"Não nego a necessidade objetiva do estímulo material, mas sou contrário a utilizá-lo como alavanca impulsora fundamental. Porque então ela termina por impor sua própria força às relações entre os homens".

"Dentro do país, os dirigentes têm de cumprir o seu papel de vanguarda; e, é preciso dizê-lo com toda a sinceridade, numa verdadeira revolução, à qual tudo se dá, da qual nenhuma retribuição material se espera, a tarefa do revolucionário de vanguarda é, ao mesmo tempo, magnífica e angustiante."

Acontece que se esta colocando a discussao sobre o incentivo moral no centro de tudo; e o incentivo moral em si não é o centro... o incentivo moral é a forma ... predominante que o estimulo deve adquirir nesta etapa da construção do socialismo ... mas esta longe de ser a única forma ... o incentivo material deve existir. (guevara)

O homem começa a libertar o seu pensamento do facto desagradável que supunha a necessidade de satisfazer as suas necessidades animais mediante o trabalho. Começa a se ver retatado na sua obra e a compreender a sua magnitude humana mediante o objecto criado, do trabalho realizado. Isto já nom entranha deixar umha parte do seu ser em forma de força de trabalho vendida, que nom lhes pertence mais, senom que significa umha emanaçom de si próprio, um achegamento à vida comum na que se reflecte; o cumprimento do seu dever social.socialismo e o homem em cuba - guevara

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

ANGÚSTIA DE CHE GUEVARA







ANGÚSTIA DE CHE GUEVARA


Companheiros disponibilizo a voces meu trabalho de graduação sobre a angústia de che guevara.

http://www.matek.inf.br/artigos/Che_Guevara.pdf

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O LEGADO DE CHE GUEVARA

O LEGADO DE CHE GUEVARA

Em 8 de outubro cumpre-se o quadragésimo aniversário do assassinato de Che Guevara pelo exército boliviano. Após sua prisão, em 8 de outubro de 1967, foi executado friamente, por ordens da CIA. Seria ''muito perigoso'' mantê-lo vivo, pois poderia gerar ainda mais revoltas populares em todo o continente.

Decididamente, a contribuição de Che, por suas idéias e exemplo, não se resume a teses de estratégias militares ou de tomada de poder político. Nem devemos vê-lo como um super-homem que defendia todos os injustiçados e tampouco exorcizá-lo, reduzindo-o a um mito.

Analisando sua obra falada, escrita e vivida, podemos identificar em toda a trajetória um profundo humanismo. O ser humano era o centro de todas as suas preocupações. Isso pode-se ver no jovem Che, retratado de forma brilhante por Walter Salles no filme Diários de Motocicleta, até seus últimos dias nas montanhas da Bolívia, com o cuidado que tinha com seus companheiros de guerrilha.

A indignação contra qualquer injustiça social, em qualquer parte do mundo, escreveu ele a uma parente distante, seria o que mais o motivava a lutar. O espírito de sacrifício, não medindo esforços em quaisquer circunstâncias, não se resumiu às ações militares, mas também e sobretudo no exemplo prático. Mesmo como ministro de Estado, dirigente da Revolução Cubana, fazia trabalho solidário na construção de moradias populares, no corte da cana, como um cidadão comum.

terça-feira, 13 de julho de 2010


NASCE O MITO


Nasce Ernesto Guevara de La Serna, o menino asmático, o jovem despreocupado, o leitor ávido e aprendiz nato. Ofrio, a fome, a sede, eram apenas conseqüências, o que valia era a descoberta, o sacrifício para ver o máximo que a natureza podia oferecer.

Nasce o sentimento, não reconhecido de imediato, a injustiça contra o proletariado latino americano visto a olho nu pelo jovem Ernesto, a exploração tanto da terra como das carnes do povo latino, faz o sonhador descobrir que tem uma missão e parte em busca de respostas.

Nasce o médico parte em busca do que não vê, não entende, mas sabe que é preciso ir. Vê a revolução nua e crua, mas ainda é um feto, não tem forças, apenas assisti, algumas vezes com deleite, outras com indignação, mas é ali que reconhece a face do inimigo, não sabe como lutar, mas sabe contra quem lutar: o imperialismo.

Nasce o revolucionário, implacável, insensível, justo e disciplinado, parece encontrar o caminho, não esta mais sozinho. Força, coragem, determinação, é a revolução, o ápice, vitória, é a semente lançada em solo fértil, sua missão cumprida, mas o verdadeiro revolucionário é aquele que vai além, onde ninguém ousou.

Nasce o guerrilheiro, incansável, convicto, que doa seu sangue sem pedir nadas em troca, que entrega os pulmões asmáticos a revolução, buscando um amanha justo e igualitário. Deixa sua marca na frente dos protestos, no peito do rebelde, na esperança do amanhã, na vontade de quem não ousa. Cercado, morto, enterrado. Matam o homem.

POR ROBSON LEMES - robden@ibest.com.br

quinta-feira, 8 de julho de 2010

SEJAMOS COMO CHE

Se queremos expressar como aspiramos que sejam os homens das futuras gerações, devemos dizer: que sejam como Che! Se queremos dizer como desejamos que nossos filhos sejam educados, devemos dizer sem hesitar: queremos que se eduquem no espírito de Che! Se queremos um modelo de homem do futuro, de coração digo que esse modelo, sem uma só mancha em sua conduta, sem uma só mancha em sua atitudes, sem uma só mancha em sua atuação, esse modelo é Che! Se queremos expressar como desejamos que sejam nossos filhos, devemos dizer com todo o coração de veementes revolucionários: queremos que sejam como Che!

SEJAMOS COMO CHE - FIDEL

sábado, 3 de julho de 2010

Saramago sobre che

A Portugal infeliz e amordaçado de Salazar e de Caetano, chegou um dia o retrato clandestino de Ernesto Guevara. Esse retrato chegou e nos comoveu a todos... Existia una esquerda ativa, séria e trabalhadora que o viu como uma referência... E também havia, por cima, ou por baixo, como se queira entender, uma esquerda que podemos chamar de intelectual que às vezes com boa fé convertia Che numa espécie de ícone. Isso ocorreu muito menos entre gente da classe operária, que desde então chamávamos de esquerda afetiva, que no fundo seguiram Che e a Revolução Cubana como se fossem modas.
.
"Não quer dizer que não havia aí inclusive alguma ou muita sinceridade, porém também havia um pouco de oportunismo. Quando o tempo passou e Che tinha morrido, e as coisas se normalizaram de alguma forma, a esquerda deixou de parecer a muita gente essa espécie de aurora, de algo que iluminava todo o espaço.

Era a vida que tinha mudado. Eles mesmos se viram mudados e sem demasiadas idéias progressistas. E, portanto, o retrato de Che Guevara deixou de representar para eles o que representava antes. Cansaram-se e no lugar de Che, puseram outra coisa.
cont.
Se pudesse falar com eles, estou seguro de que não teriam nenhuma dúvida em reconhecer que se houve uma pessoa nos tempos recentes que deu ao mundo um exemplo de dignidade, um ideal realmente supremo, esse foi Che. E o MELHOR DE TUDO é que a gente também se encontra continuamente com MENINOS E MENINAS QUE SABEM TUDO o que há que saber sobre a vida e sobre as ações de Che Guevara, e que VESTEM SUA CAMISETA, MAS DE CORAÇÃO.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

ÚLTIMAS HORAS EM LA HIGUERA

  1. Contra o Vento e as Marés
    Este poema (contra o vento e as marés) levará minha assinatura.
    Deixo-lhes seis sílabas sonoras,
    um olhar que sempre traz (como um passarinho ferido) ternura,
    Um anseio de profundas águas mornas,
    um gabinete escuro em que a única luz são esses versos meus,
    um dedal muito usado para suas noites de enfado,
    um retrato de nossos filhos.
    A mais linda bala desta pistola que sempre me acompanha,
    a memória indelével (sempre latente e profunda) das crianças
    que, um dia, você e eu concebemos,
    e o pedaço de vida que resta em mim.
    Isso eu dou (convicto e feliz) à revolução
    Nada que nos pode unir terá força maior
  2. (Ernesto "Che" Guevara - Poema dedicado à Aleida, sua esposa)

domingo, 16 de maio de 2010

SOBRE CHE

De rosto limpo e sereno surgiu madrugador, era Guevara o diretor do banco nacional
Oferecendo um excelente café em seu escritório, disse: - antes de mais nada sou médico, depois soldado e por fim como pode ver até banqueiro.
O comandante Guevara é considerado um homem de grande cultura, e isso é visível, não é preciso muito para perceber que por trás de cada frase sua há uma reserva de ouro. Há porem um abismo entre esta ampla cultura, este conhecimento geral de um jovem médico que por vocação, por paixão se dedicou ao estudo das ciências sociais, das amterias e das técnicas indispensáveis para um banqueiro estatal.
Ele nunca fala destas coisas , a não ser para brincar das próprias mudanças de profissão, mas nota-se a intensidade do seu esforço, apesar de seu rosto ser sempre tranqüilo e sereno.
Não sei quando repousam Guevara e seus companheiros, para conservar dia e noite a alegria límpida e clara da manhã, no seu escritório e no seu rosto, todos precisam dela para trabalhar, amas mais ainda para eliminar a medida que se apresentam... os sinais de fadiga e os vestígios de sono.
Mas eles vão ainda mais longe e chegam quase a repetir a frase de pascal “ é necessário não dormir “ poderia se dizer que o sono os abandonou, que até ele emigrou pra miami.


Jean Paul Sartre

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O QUÊ DEVE SER UM JOVEM COMUNISTA?

O QUÊ DEVE SER UM JOVEM COMUNISTA? Ernesto CHE Guevara

(Conferência pronunciada na Uniom de Jovens Comunistas em 20 de Outubro de 1962 e publicado em Verde Olivo, ano 3, nº 43, 28 de Outubro de 1962).

Quero formular agora, companheiros, qual é a minha opiniom, a visom de um dirigente nacional das ORI, do que é que deve ser um jovem comunista, a ver se estivermos de acordo todos.

Eu acho que o primeiro que deve caracterizar um jovem comunista é a honra que sente por ser um jovem comunista. Essa honra que o leva a mostrar perante todo o mundo a sua condiçom de jovem comunista, que nom o vira para a clandestinidade, que nom o reduz a fórmulas, mas que o exprime a cada momento, que lhe sai do espírito, que tem interesse em demonstrá-lo porque é o seu símbolo de orgulho.

sábado, 27 de março de 2010

REVOLUÇÃO

· Che fala sobre a via eleitoral
"Quando se fala em alcançar o poder pela via eleitoral, nossa pergunta é sempre a mesma: se um movimento popular ocupa o governo de um país sustentado por ampla votação popular e resolve em conseqüência iniciar as grandes transformações sociais que constituem o programa pelo qual se elegeu, não entrará imediatamente em choque com os interesses das classes reacionárias desse país? O exército não tem sido sempre o instrumento de opressão a serviço dessas classes? Não será então lógico imaginar que o exército tomará partido por sua classe e entrará em conflito com o governo eleito? Em conseqüência, o governo pode ser derrubado por meio de um golpe de Estado e aí recomeça de novo a velha história; ou, outra solução, é que o exército repressor seja derrubado pela ação popular armada em defesa de seu governo. O que nos parece difícil é que as forças armadas aceitem de bom grado reformas sociais profundas e se resignem pacificamente a desaparecer enquanto casta."

FIDEL

“ Conheci-o durante noites mexicanas frias, e lembro que nossa primeira discussão foi sobre política mundial. Poucas horas depois – de madrugada – eu já era um dos futuros expedicionários. Na realidade, depois da experiência vivida em minhas caminhadas por toda a América latina e do arremate na Guatemala, não era difícil incitar-me a participar de qualquer revolução contra um tirano, mas Fidel impressionou-me como homem extraordinário. As coisas mais impossíveis, ele encarava e resolvia [...] partilhei do seu otimismo. Era hora de fazer, de combater, de planejar. De deixar de chorar para começar a lutar.”

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O PROFÉTICO GUEVARA


Eu sei! Eu sei!
Se sair daqui, o rio me engolirá...

É o meu destino: hoje devo morrer!

Mas não, a força de vontade pode superar tudo
Há obstáculos, eu reconheço
Não quero sair.
Se tenho que morrer, será nesta caverna.

As balas, o que podem as balas fazer comigo
se meu destino é morrer afogado? Mas vou
vencer o destino. O destino pode ser
conseguido pela força de vontade.

Morrer, sim, mas crivado de
balas, destroçado pelas baionetas, se não, não. Afogado não...
Uma recordação mais duradoura do que meu nome
É lutar, morrer lutando.

(Ernesto Guevara – 17 de janeiro de 1947)

CELIA DE LA SERNA


  1. Da Índia, Che escreve para a Mãe.
    "Querida Vieja: Meu velho sonho de visitar todos esses países agora ocorre de um modo que inibe toda a minha felicidade. Falar de problemas políticos e econômicos, dar festas onde a única coisa que falta é que eu vista um smoking, e pôr de lado meus mais puros prazeres, que seriam ir e ficar sonhando à sombra de uma pirâmide ou sobre o sarcófago de Tutancâmon. Ainda por cima estou sem Aleida, que não pude trazer por causa de um desses complexos mentais que tenho. O Egito foi um êxito diplomático de primeira ordem. As Embaixadas de países do mundo todos vieram à despedida que demos, e vi de perto como a diplomacia pode ser complicada quando o núncio apostólico apertou a mão do adido russo com um sorriso realmente beatífico. Agora a Índia, onde novas complicações protocolares produzem em mim o mesmo pânico infantil(para resolver como responder às saudações).

Agora que realmente se desenvolveu dentro de mim é uma noção do conjunto em contraposição ao pessoal. Continuo sendo o mesmo solitário que costumava ser, procurando minha trilha sem ajuda pessoal, mas agora possuo uma percepção do meu dever histórico. Não tenho nenhum lar, nenhuma mulher, nenhum filho, nem pais, nem irmãos, nem irmãs; meus amigos são meus amigos apenas enquanto pensarem politicamente como eu. E, no entanto, estou contente. Sinto algo na vida, não apenas uma poderosa força interior, que sempre senti, mas também o poder de instilar em outros, e um sentimento absolutamente fatalista de minha missão, que me despe de qualquer medo.

Não sei por que estou lhe escrevendo isso, talvez sejam apenas saudades de Aleida. Tome-a como é. Uma carta escrita numa noite de tempestade nos céus da índia, longe da minha pátria e dos meus entes queridos. Um abraço grande para todos, Ernesto".

domingo, 24 de janeiro de 2010

NACIONALIDADE


NASCI NA ARGENTINA; NÃO É SEGREDO PARA NINGUÉM. SOU CUBANO E TAMBÉM SOU ARGENTINO E, SE NÃO SE OFENDEREM ILUSTRÍSSIMOS SENHORES LATINO AMERICANOS, ME SINTO TÃO PATRIOTA DA AMÉRICA LATINA, DE QUALQUER PAÍS DA AMÉRICA LATINA, COMO QUALQUER OUTRO E, NO MOMENTO EM QUE FOSSE NECESSARIO, ESTARIA DISPOSTO A ENTREGAR MINHA VIDA PELA LIBERTAÇÃO DE QUALQUER UM DOS PAÍSES LATINO-AMERICANOS, SEM PEDIR NADA A NINGUÉM, SEM EXIGIR NADA, SEM EXPLORAR NINGUÉM.

domingo, 10 de janeiro de 2010

POESIAS


Eu sei! Eu sei! Se sair daqui, o rio me engolirá...
É o meu destino: hoje devo morrer!
Mas não, a força de vontade pode superar tudo
Há obstáculos, eu reconheço
Não quero sair.
Se tenho que morrer, será nesta caverna.
As balas, o que podem as balas fazer comigo
se meu destino é morrer afogado?
Mas vou vencer o destino.
O destino pode ser conseguido pela força de vontade.
Morrer, sim, mas crivado de balas, destroçado pelas baionetas, se não, não. Afogado não... Uma recordação mais duradoura do que meu nome
É lutar, morrer lutando. (Ernesto Guevara – 17 de janeiro de 1947)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

REVOLUCIONÁRIO


· "Devo dizer, correndo o risco de parecer ridículo, que o verdadeiro revolucionário é guiado por grandes sentimentos de amor. È impossível pensar num autêntico revolucionário sem esta qualidade. Talvez seja um dos grandes dramas do dirigente; este deve unir a um espírito apaixonado uma mente fria, e tomar decisões dolorosas sem que nenhum músculo se contraia. Os nossos revolucionários de vanguarda têm de idealizar esse amor aos povos, ás causas mais sagradas e torná-lo único indivisível. Não pode mostrar sua pequena dose de carinho cotidiano tal como o faz o homem comum"

· “O verdadeiro revolucionário é guiado por grandes sentimentos de generosidade; é impossível imaginar um revolucionário autêntico sem esta qualidade”.

O DEVER DE UM REVOLUCIONARIO É FAZER A REVOLUÇÃO

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O QUE DEVE SER O JOVEM COMUNISTA

O QUÊ DEVE SER UM JOVEM COMUNISTA? Ernesto CHE Guevara
(Conferência pronunciada na Uniom de Jovens Comunistas em 20 de Outubro de 1962 e publicado em Verde Olivo, ano 3, nº 43, 28 de Outubro de 1962).
Quero formular agora, companheiros, qual é a minha opiniom, a visom de um dirigente nacional das ORI, do que é que deve ser um jovem comunista, a ver se estivermos de acordo todos.
Eu acho que o primeiro que deve caracterizar um jovem comunista é a honra que sente por ser um jovemcomunista. Essa honra que o leva a mostrar perante todo o mundo a sua condiçom de jovem comunista, que nom o vira para a clandestinidade, que nom o reduz a fórmulas, mas que o exprime a cada momento, que lhe sai do espírito, que tem interesse em demonstrá-lo porque é o seu símbolo de orgulho.
Junto disso, um grande sentido do dever para a sociedade que estamos a construir, com os nossos semelhantes como seres humanos e com todos os homens do mundo. Isso é algo que deve caracterizar o jovem comunista. Ao pé disso, umha grande sensibilidade ante todos os problemas, grande sensibilidade face à injustiça. Espírito inconforme cada vez que surge algo que está mal, tenha-o dito quem o dixer. Pôr em questom todo o que nom se perceber. Discutir e pedir aclaraçom do que nom estiver claro. Declarar a guerra ao formalismo, a todos os tipos de formalismo. Estar sempre aberto para receber as novas experiências, para conformar a grande experiência da humanidade, que leva muitos anos a avançar pola senda do socialismo, às condiçons concretas do nosso país, às realidades que existem em Cuba. E pensar -todos e cada um- como irmos mudando a realidade, como irmos melhorando-a.

CHICHINA


“Sei que a amo e o quanto a amo, mas não posso sacrificar minha liberdade interior por você; significa sacrificar a mim mesmo, e eu sou a coisa mais importante que há no mundo, como já lhe disse.”

“Além disso, uma conquista feita com base em minha presença constante eliminaria grande parte de minha atração por você. Você seria a presa capturada após a luta [...] nossa primeira cópula seria um cortejo triunfal em homenagem ao vencedor, porém sempre haveria o fantasma de nossa união dentro e fora dela, porque, sim, porque era a coisa mais correta ou exótica a fazer.”

“Eu lia e relia a inacreditável carta. Assim, de um golpe, desmoronaram todos os sonhos de retorno, condicionados aqueles olhos que me viram partir de Miramar e sem nenhum motivo aparente [...] era inútil insistir.”

“O presente em que nós dois vivemos um flutuando entre uma admiração superficial e laços mais profundos que a ligam a outros mundos, outro em um carinho que acredita ser profundo e uma sede de aventura e novos conhecimentos que invalida o amor.”

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

DIÁRIOS DE MOTOCICLETA


“A pessoa que tomou estas notas morreu no dia em que pisou novamente o solo argentino. A pessoa que está reorganizando e polindo essas mesmas notas, eu, não sou mais eu, pelo menos não sou o mesmo que era antes. Esse vagar sem rumos pelos caminhos de nossa Maiúscula América me transformou mais do que me dei conta.”

Agora eu os deixo em companhia de mim, do homem que eu era.

ÓDIO DA CIVILIZAÇÃO


Dou-me conta de que algo que estava crescendo dentro de mim a algum tempo(...) está amadurecendo. É o ódio da civilização, da imagem absurda das pessoas se movendo como loucos ao ritmo desta tremenda barulheira que me parece como a antítese odiosa da paz