· Che fala sobre a via eleitoral
"Quando se fala em alcançar o poder pela via eleitoral, nossa pergunta é sempre a mesma: se um movimento popular ocupa o governo de um país sustentado por ampla votação popular e resolve em conseqüência iniciar as grandes transformações sociais que constituem o programa pelo qual se elegeu, não entrará imediatamente em choque com os interesses das classes reacionárias desse país? O exército não tem sido sempre o instrumento de opressão a serviço dessas classes? Não será então lógico imaginar que o exército tomará partido por sua classe e entrará em conflito com o governo eleito? Em conseqüência, o governo pode ser derrubado por meio de um golpe de Estado e aí recomeça de novo a velha história; ou, outra solução, é que o exército repressor seja derrubado pela ação popular armada em defesa de seu governo. O que nos parece difícil é que as forças armadas aceitem de bom grado reformas sociais profundas e se resignem pacificamente a desaparecer enquanto casta."
sábado, 27 de março de 2010
REVOLUÇÃO
FIDEL
“ Conheci-o durante noites mexicanas frias, e lembro que nossa primeira discussão foi sobre política mundial. Poucas horas depois – de madrugada – eu já era um dos futuros expedicionários. Na realidade, depois da experiência vivida em minhas caminhadas por toda a América latina e do arremate na Guatemala, não era difícil incitar-me a participar de qualquer revolução contra um tirano, mas Fidel impressionou-me como homem extraordinário. As coisas mais impossíveis, ele encarava e resolvia [...] partilhei do seu otimismo. Era hora de fazer, de combater, de planejar. De deixar de chorar para começar a lutar.”
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