segunda-feira, 19 de julho de 2010

O LEGADO DE CHE GUEVARA

O LEGADO DE CHE GUEVARA

Em 8 de outubro cumpre-se o quadragésimo aniversário do assassinato de Che Guevara pelo exército boliviano. Após sua prisão, em 8 de outubro de 1967, foi executado friamente, por ordens da CIA. Seria ''muito perigoso'' mantê-lo vivo, pois poderia gerar ainda mais revoltas populares em todo o continente.

Decididamente, a contribuição de Che, por suas idéias e exemplo, não se resume a teses de estratégias militares ou de tomada de poder político. Nem devemos vê-lo como um super-homem que defendia todos os injustiçados e tampouco exorcizá-lo, reduzindo-o a um mito.

Analisando sua obra falada, escrita e vivida, podemos identificar em toda a trajetória um profundo humanismo. O ser humano era o centro de todas as suas preocupações. Isso pode-se ver no jovem Che, retratado de forma brilhante por Walter Salles no filme Diários de Motocicleta, até seus últimos dias nas montanhas da Bolívia, com o cuidado que tinha com seus companheiros de guerrilha.

A indignação contra qualquer injustiça social, em qualquer parte do mundo, escreveu ele a uma parente distante, seria o que mais o motivava a lutar. O espírito de sacrifício, não medindo esforços em quaisquer circunstâncias, não se resumiu às ações militares, mas também e sobretudo no exemplo prático. Mesmo como ministro de Estado, dirigente da Revolução Cubana, fazia trabalho solidário na construção de moradias populares, no corte da cana, como um cidadão comum.

terça-feira, 13 de julho de 2010


NASCE O MITO


Nasce Ernesto Guevara de La Serna, o menino asmático, o jovem despreocupado, o leitor ávido e aprendiz nato. Ofrio, a fome, a sede, eram apenas conseqüências, o que valia era a descoberta, o sacrifício para ver o máximo que a natureza podia oferecer.

Nasce o sentimento, não reconhecido de imediato, a injustiça contra o proletariado latino americano visto a olho nu pelo jovem Ernesto, a exploração tanto da terra como das carnes do povo latino, faz o sonhador descobrir que tem uma missão e parte em busca de respostas.

Nasce o médico parte em busca do que não vê, não entende, mas sabe que é preciso ir. Vê a revolução nua e crua, mas ainda é um feto, não tem forças, apenas assisti, algumas vezes com deleite, outras com indignação, mas é ali que reconhece a face do inimigo, não sabe como lutar, mas sabe contra quem lutar: o imperialismo.

Nasce o revolucionário, implacável, insensível, justo e disciplinado, parece encontrar o caminho, não esta mais sozinho. Força, coragem, determinação, é a revolução, o ápice, vitória, é a semente lançada em solo fértil, sua missão cumprida, mas o verdadeiro revolucionário é aquele que vai além, onde ninguém ousou.

Nasce o guerrilheiro, incansável, convicto, que doa seu sangue sem pedir nadas em troca, que entrega os pulmões asmáticos a revolução, buscando um amanha justo e igualitário. Deixa sua marca na frente dos protestos, no peito do rebelde, na esperança do amanhã, na vontade de quem não ousa. Cercado, morto, enterrado. Matam o homem.

POR ROBSON LEMES - robden@ibest.com.br

quinta-feira, 8 de julho de 2010

SEJAMOS COMO CHE

Se queremos expressar como aspiramos que sejam os homens das futuras gerações, devemos dizer: que sejam como Che! Se queremos dizer como desejamos que nossos filhos sejam educados, devemos dizer sem hesitar: queremos que se eduquem no espírito de Che! Se queremos um modelo de homem do futuro, de coração digo que esse modelo, sem uma só mancha em sua conduta, sem uma só mancha em sua atitudes, sem uma só mancha em sua atuação, esse modelo é Che! Se queremos expressar como desejamos que sejam nossos filhos, devemos dizer com todo o coração de veementes revolucionários: queremos que sejam como Che!

SEJAMOS COMO CHE - FIDEL

sábado, 3 de julho de 2010

Saramago sobre che

A Portugal infeliz e amordaçado de Salazar e de Caetano, chegou um dia o retrato clandestino de Ernesto Guevara. Esse retrato chegou e nos comoveu a todos... Existia una esquerda ativa, séria e trabalhadora que o viu como uma referência... E também havia, por cima, ou por baixo, como se queira entender, uma esquerda que podemos chamar de intelectual que às vezes com boa fé convertia Che numa espécie de ícone. Isso ocorreu muito menos entre gente da classe operária, que desde então chamávamos de esquerda afetiva, que no fundo seguiram Che e a Revolução Cubana como se fossem modas.
.
"Não quer dizer que não havia aí inclusive alguma ou muita sinceridade, porém também havia um pouco de oportunismo. Quando o tempo passou e Che tinha morrido, e as coisas se normalizaram de alguma forma, a esquerda deixou de parecer a muita gente essa espécie de aurora, de algo que iluminava todo o espaço.

Era a vida que tinha mudado. Eles mesmos se viram mudados e sem demasiadas idéias progressistas. E, portanto, o retrato de Che Guevara deixou de representar para eles o que representava antes. Cansaram-se e no lugar de Che, puseram outra coisa.
cont.
Se pudesse falar com eles, estou seguro de que não teriam nenhuma dúvida em reconhecer que se houve uma pessoa nos tempos recentes que deu ao mundo um exemplo de dignidade, um ideal realmente supremo, esse foi Che. E o MELHOR DE TUDO é que a gente também se encontra continuamente com MENINOS E MENINAS QUE SABEM TUDO o que há que saber sobre a vida e sobre as ações de Che Guevara, e que VESTEM SUA CAMISETA, MAS DE CORAÇÃO.