quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
CHICHINA
“Sei que a amo e o quanto a amo, mas não posso sacrificar minha liberdade interior por você; significa sacrificar a mim mesmo, e eu sou a coisa mais importante que há no mundo, como já lhe disse.”
“Além disso, uma conquista feita com base em minha presença constante eliminaria grande parte de minha atração por você. Você seria a presa capturada após a luta [...] nossa primeira cópula seria um cortejo triunfal em homenagem ao vencedor, porém sempre haveria o fantasma de nossa união dentro e fora dela, porque, sim, porque era a coisa mais correta ou exótica a fazer.”
“Eu lia e relia a inacreditável carta. Assim, de um golpe, desmoronaram todos os sonhos de retorno, condicionados aqueles olhos que me viram partir de Miramar e sem nenhum motivo aparente [...] era inútil insistir.”
“O presente em que nós dois vivemos um flutuando entre uma admiração superficial e laços mais profundos que a ligam a outros mundos, outro em um carinho que acredita ser profundo e uma sede de aventura e novos conhecimentos que invalida o amor.”
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Foi uma lua de mel contínua, com aquele leve sabor amargo da despedida próxima, que era adiada dia a dia, até completar oito dias. Cada dia eu gostava mais da minha outra metade, ou a amava mais. Nossa despedida foi longa, pois durou dois dias, e chegou bem perto do ideal.”
ResponderExcluirÀ meia luz, figuras mágicas pairavam no ar, mas “ela” não aparecia. Eu imaginava amá-la até este momento, quando percebi que não a sentia, e tinha que me forçar a pensar nela para lembrar. Eu tinha de lutar por ela, ela era minha, minha, m... Caí no sono.
Naquela noite, os mosquitos me mantiveram acordado e eu fiquei pensando em Chichina, que agora era apenas um sonho distante, um sonho muito bonito que havia terminado de forma um tanto quanto inusitado nessas situações, com mais mel em minha memória do que fel. Mandei-lhe um beijo gentil e sereno, o beijo de um velho amigo que a conhece e a compreende; depois minha mente viajou até chegar em Malagueño, em cujo salão ela provavelmente deveria estar sussurrando aquelas suas frases intrincadas e estranhas para um novo pretendente, naquele exato momento.
ResponderExcluirChichina: Creio que ele me via como uma pessoa que seria um peso em sua vida. Como se eu fosse um obstáculo para a vida que ele queria ter; a vida de aventureiro. Ele se via como se estivesse preso, de certa forma, e talvez quisesse libertar-se daquilo, estar livre, ir-se, e eu devo ter sido um estorvo naquele momento. Não sei para onde ele queria ir. Queria viajar, andar pelo mundo, explorá-lo.
ResponderExcluirTive de escrever um acarta a ernestito praticamente obrigada por mamãe. Lembro que me fechei na biblioteca de chacabuco e chorei muito enquanto a escrevia.
Obrigado por compartilhar conosco tais documentos
ResponderExcluirChe abre mão de uma relação pessoal em busca de uma realização (descoberta ) que fez dele o ícone, o líder que conhecemos.
ResponderExcluirValeu Robson pelas postagens, parabéns!