quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O PROFÉTICO GUEVARA


Eu sei! Eu sei!
Se sair daqui, o rio me engolirá...

É o meu destino: hoje devo morrer!

Mas não, a força de vontade pode superar tudo
Há obstáculos, eu reconheço
Não quero sair.
Se tenho que morrer, será nesta caverna.

As balas, o que podem as balas fazer comigo
se meu destino é morrer afogado? Mas vou
vencer o destino. O destino pode ser
conseguido pela força de vontade.

Morrer, sim, mas crivado de
balas, destroçado pelas baionetas, se não, não. Afogado não...
Uma recordação mais duradoura do que meu nome
É lutar, morrer lutando.

(Ernesto Guevara – 17 de janeiro de 1947)

3 comentários:

  1. E depois, como se um cansaço enorme derrubasse minha exaltação recente, vejo-me caindo imolado em nome da autentica revolução que igualará todas as vontades, pronunciando exemplarmente o mea culpa. Já sinto minhas narinas dilatadas, saboreando o odor do acre da pólvora e do sangue, da minha morte inimiga; já encurvo meu corpo, pronto pra briga, e preparo meu ser como se fosse um recinto sagrado, para que ele faça ressuscitar, com novas vibrações e novas esperanças, o grito bestial do proletariado triunfante.

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  2. A América será o palco de minhas aventuras e com uma feição muito mais importante que eu imaginara. Eu realmente acredito que consegui compreendê-la... Lee p. 167

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